a escuridão envolvia-me. encontrava-me à beira dum precipício, tão sozinha como sempre estivera. apenas elas me acompanhavam. respirava pesadamente, enquanto lágrimas me deslizavam pelo rosto. olhei para trás e um fraco sorriso de resignação cresceu nos meus lábios vermelhos. ninguém estava lá, ninguém se importava. nem eu me importava. o coração pesava-me no peito. tremia, incapaz de controlar as trevas que ocupavam a minha mente. uma dormência deturpava-me a alma. um passo e acabava tudo. um passo e elas calavam-se. um passo e o meu coração partido deixava de me fustigar.
salta - as suas palavras ecoavam dentro de mim. respirei fundo e deixei o ar sujo encher-me os pulmões. a ideia da minha existência repugnava-me e não parecia agradar a ninguém. porque não acabá-la ali?
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