olhas para trás e vês a tua inocência, agora perdida, nos campos verdes onde passaste a tua infância. vês uma criança, ainda cega para o mundo, a sorrir para as nuvens. vês-te no colo dos teus pais, no lugar mais seguro que alguma vez conheceste. vês-te a chorar porque o teu brinquedo favorito se estragou e sorris amargamente. quando é que tudo mudou? quando é que o mundo perdeu o brilho e os dias se tornaram cinzentos? não sabes. estás perdido na escuridão há tanto tempo que já não vês maneira de te libertar da mesma. sentes que os últimos pedaços de ingenuidade que te restavam queimam, agora, na lareira mesmo à frente dos teus olhos. mas não o podes impedir.
agarras-te ao passado porque o presente não tem nada para ti.
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