sábado, 19 de julho de 2014

i got my hopes up again

nada me assusta mais do que perceber o quanto dependo de ti. convenço-me, claramente, do contrário. consigo passar semanas sem ti, posso passar, também, bastante tempo sem sequer falar contigo. contudo, à medida que o tempo passa sinto que tudo o que me digo a mim própria não é mais do que uma mentira para assegurar a minha segurança. não me interpretes mal, nunca me senti tão segura como me sinto quando tenho a cabeça encostada ao teu peito, o único lugar onde parece que alguma vez pertenci, a ouvir o bater do teu coração (algo acelerado, para minha satisfação), o que me inquieta acontece assim que me separo de ti. assusta-me que agora, depois de três semanas sem sentir o teu perfume, não consiga pensar em algo que não seja atirar os meus braços à volta do teu pescoço e puxar-te para o mais perto de mim possível. preciso de sentir o teu corpo quente contra o meu, bastante frio em contraste, preciso de colar os meus lábios nos teus e entrelaçar os teus dedos com os meus. eu sou forte, eu não preciso de ti - repito estas palavras na minha cabeça na esperança que se tornem verdadeiras. no entanto, não poderiam estar mais longe da verdade. preciso de ti como nunca precisei de ninguém e cada dia longe de ti arrasta-me de volta ao lugar onde estava antes me encontrares, àquele lugar onde jurei nunca mais voltar. por isso peço-te que voltes, porque eu não aguento nem mais um segundo longe de ti e isso assusta-me como nada antes me assustou.

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