sexta-feira, 6 de novembro de 2015

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já me disseram que sou demasiado orgulhosa. posso concordar. posso não concordar. não importa. o que importa aqui é que estou constantemente a deixar o meu orgulho de parte exatamente pela pessoa que me disse isto. e estou muito farta. talvez seja mesmo muito orgulhosa, uma vez que fazer isto vezes e vezes sem conta faz com que me sinta fraca, sinto como se me rebaixasse. e não, eu nunca fui pessoa de me rebaixar perante alguém: sou uma pessoa que põe uma máscara fria e simplesmente ignora o que sente porque não suporta sentir que se esforça mais por alguém do que esse alguém por si. estou cansada de palavras, estou cansada de esquecimentos. estou cansada de propor coisas. eu não sou assim e sinceramente não quero ser assim.

terça-feira, 7 de abril de 2015

been dazed and confused for so long it's not true

não devia estar a escrever aqui tendo em conta que gastei 8 euros num caderno, mas há alguma coisa nas teclas do computador e da folha em branco do editor do blogger que me seduz. talvez um dia me dê ao trabalho de copiar os textos daqui para lá com a devida identificação temporal (posso sequer dizer isto?). talvez não. acho que devia aceitar o facto de que sou uma gaja adepta das novas tecnologias que escreve consideravelmente melhor numa página da internet do que numa página de papel. vou desculpar-me dizendo que aqui consigo ter uma melhor noção do que escrevo, até porque não tenho de me preocupar com ter uma caligrafia legível. também é mais confortável escrever aqui, visto que não preciso de estar a segurar nas folhas e a arranjar uma superfície boa para apoiar o caderno (por que é que eu não comprei um caderno de argolas? eu sabia que odeio cadernos de agrafos). e posso apagar e reescrever tudo o que me apetecer sem fazer uma borrada! até posso editar um texto posteriormente... parece que a vantagem lá é que posso ser mais verdadeira e utilizar detalhes mais pessoais, mas será que alguém se interessa realmente por nomes? acabo sempre a escrever para um "tu" variável e incógnito à maioria das pessoas e que eu própria espero, sinceramente, saber reconhecer daqui a uns tempos. de qualquer das maneiras, ninguém lê isto e não.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

but really i adore you, and i can't leave you alone

já estou para te dizer que pensei em ti "no outro dia" há tanto tempo que deixou de fazer sentido. no entanto, "no outro dia" é das expressões mais vagas que existem na língua portuguesa, por isso vou aproveitar e dizer-te o que já ando para dizer há, pelo menos, meio ano agora. vi-te e não sorri para mim. pela primeira vez em quase três anos, vi-te e não sorri. é engraçado porque, apesar de o "tu" a quem eu me refiro tantas vezes não existir na realidade, estás materializado numa pessoa. e ver essa pessoa, estar perto dessa pessoa costumava afetar-me bastante. e, na minha inocência (sempre cética) de miúda de 13 anos, achei que fosse afetar para sempre. e não, eu não acredito nisso. é, também, engraçado porque sempre pensei em ti como a minha primeiro paixãozinha a sério. porque eu sempre que olho para trás só te vejo a ti quando existiram mais pessoas. mas tu não és real. isto é, ele existe. no entanto, ele não és tu e sempre foi a ti que eu quis.
a capacidade que eu tenho de começar a divagar é, realmente, impressionante não é? merecia ganhar qualquer coisa por isto. 
bem, como eu estava dizer, não sorri. deixaste, finalmente, de me afetar. agrada-me. até porque o impensável aconteceu e arranjei alguém que, efetivamente, existe e consegue ser tudo o que eu sempre quis de ti e até mais. assim sendo, quero despedir-me de ti. não te direi um adeus porque não desgosto de te escrever e não consigo viver com um compromisso tão definitivo em relação a ti. mas um "até já e não espero voltar a cruzar-me contigo em breve" direi.

domingo, 17 de agosto de 2014

When you start to know someone, all their physical characteristics start to disappear. You begin to dwell in their energy, recognize the scent of their skin. You see only the essence of the person, not the shell. That’s why you can’t fall in love with beauty. You can lust after it, be infatuated by it, want to own it. You can love it with your eyes and your body but not your heart. And that’s why, when you really connect with a person’s inner self, any physical imperfections disappear, become irrelevant.
— Lisa Unger, Beautiful Lies